A tributação é um impeditivo para o aumento do consumo de itens típicos da data. Do preço do ovo de chocolate, por exemplo, 39,61% são impostos
As vendas de Páscoa devem ampliar em 2% o faturamento do varejo no mês de março, tendo como parâmetro de comparação igual mês do ano passado. A expectativa é da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Vale destacar que em 2023 a Páscoa foi celebrada em abril, o que resultou em mais dias para os consumidores realizarem compras típicas da data.
Impostos – Nesse período, é comum ver o consumidor reclamar dos preços de produtos pascais, mas é importante lembrar que os impostos têm grande impacto no valor final desses itens.
Segundo levantamento da ACSP, com base em dados do Impostômetro, do preço final do ovo de Páscoa, 39,61% equivalem a tributos embutidos.
Buscar ovos artesanais não resolve o problema do consumidor, pois os impostos não afetam os produtos somente depois de industrializados. Toda a matéria-prima já vem tributada. O chocolate usado na fabricação do ovo caseiro tem uma carga de impostos de 39,61%. O papel celofane e fitas para embalagem, 34,5% e 34%, respectivamente.
Segundo João Eloi Olenike, presidente-executivo do IBPT, responsável por atualizar os dados do Impostômetro, “se a carga tributária sobre os produtos consumidos na Páscoa não fosse tão alta, o consumidor teria mais condições de adquirir produtos de melhor qualidade durante esta época do ano.”
“O sistema tributário brasileiro é muito voltado para o consumo, o que resulta em uma maior tributação para os brasileiros de renda mais baixa em comparação com aqueles de renda mais alta. Isso prejudica as classes menos favorecidas financeiramente, dificultando a aquisição dos itens mais consumidos nesta ocasião”, completa Olenike.
Fonte: Diário do Comércio.
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