Diga não!
 
Entidade é contra a volta do imposto; Brasil tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo 
 
O Sincomercio (Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d’Oeste) é contra a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira) – tributo proposto pelo governo federal. Para o sindicato, o aumento de impostos é inaceitável, pois agrava ainda mais a crise econômica ao retirar recursos de famílias e empresas e transferi-los a um Estado ineficiente.
 
“Criar novos impostos, neste momento de crise, sinaliza falta de sensibilidade política, uma vez que pode agravar o quadro inflacionário”, comenta Vitor Fernandes, presidente do Sincomercio. “Se for aplicada, a CPMF vai tirar de circulação cerca de R$ 32 milhões por ano, o que tende a prejudicar ainda mais a atividade econômica”, explica.
 
A carga tributária brasileira, que atinge 36% do PIB (Produto Interno Bruto), é uma das mais altas do mundo e superar a de todos os países emergentes, cuja média é de 25% do PIB. “A política econômica tem como desafio recuperar a confiança dos empresários para que eles retomem seus investimentos e voltem a gerar empregos. A volta da CPMF gerará exatamente o efeito inverso, com aumento da inflação e do desemprego”, conclui Fernandes.
 
Fecomercio
 
A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), entidade a qual é filiado o Sincomercio, encaminhará ofícios aos senadores, deputados e sindicatos, reforçando sua posição contrária à volta da CPMF. 
 
O diagnóstico da FecomercioSP é de que o desequilíbrio das contas públicas é estrutural e não será revertido com medidas pontuais. Portanto, o momento é propício para se repensar a organização do Estado Brasileiro e avançar em um ajuste fiscal a longo prazo, com medidas que reduzam efetivamente o nível das despesas públicas, evitando propostas fáceis e economicamente improdutivas como o aumento de carga tributária.
 
Fonte: Sincomercio.