Campanha lançada em São Paulo ganhou nome de 'Não vou pagar o pato'. Grupo pretende entregar petição quando tiver 1 milhão de assinaturas.
 
A Federação das Indústrias de São Paulo instalou um pato inflável de 12 metros de altura no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, em um ato contra o aumento de impostos e a volta da CPMF. O nome do protesto é “Não vou pagar o pato”.
 
A campanha foi lançada em São Paulo em 21 de setembro. O grupo pretende entregar uma petição no Congresso Nacional quando alcançar 1 milhão de assinaturas. A campanha foi lançada em São Paulo em 21 de setembro. O grupo pretende entregar uma petição no Congresso Nacional quando alcançar 1 milhão de assinaturas. Até a manhã desta terça (13), o site do movimento já tinha conseguido 758 mil assinaturas. Fa a sua também pelo site http://www.naovoupagaropato.com.br/
 
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou que “a sociedade está cansada de pagar o pato”. “O governo tem um tamanho maior que deveria ter, gasta mais e mal, não tem eficiência, cheio de burocracia, engessamentos, não presta um bom serviço público e mesmo arrecadando falta dinheiro. Agora a questão da CPMF vai caminhar, a sociedade já disse não em 2007, e o governo insiste.”
 
O governo mandou ao Congresso no dia 22 de setembro uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um imposto nos moldes da CPMF. A medida faz parte do anúncio de R$ 64,9 bilhões para equilibrar as contas públicas em 2016. O imposto deve gerar uma receita de R$ 32 bilhões aos cofres federais.
 
De acordo com o Ministério da Fazenda, a PEC estabelece uma alíquota de 0,2% sobre as movimentações financeiras. A cobrança deverá vigorar por até quatro anos, e os recursos arrecadados serão destinados à Previdência Social.
 
Criada no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para financiar investimentos na saúde, a CPMF foi extinta pelo Congresso Nacional em 2007, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
Por afetar as transações bancárias, a CPMF foi chamada de “imposto do cheque” e é considerada “impopular” e “antipática” por tributaristas. Diferentemente dos impostos cobrados sobre os preços de produtos e serviços, essa cobrança aparece no extrato bancário do contribuinte.
 
Caso seja aprovada no Congresso, ele só entrará em vigor em julho de 2016, segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para a Receita Federal, porém, a cobrança poderia ocorrer após 90 dias da eventual aprovação.
 
Fonte: Ciesp/Fiesp