Mas preços cobrados em farmácias serão reajustados aos poucos em função de estoques e da concorrência
 
Começou a valer ontem o reajuste de até 7,7% no preço de 9.120 medicamentos comercializados no país. O percentual é relativo ao aumento permitido pelo governo no preço máximo dos remédios vendidos pelos laboratórios. Até chegar ao consumidor esse valor pode ter variações e só começará a ser sentido nos próximos dois meses, quando as farmácias renovarem todos os estoques.
 
Os ajustes foram divididos em três: 5%, 6,35% e 7,7%, conforme os níveis de concorrência. Este ano, a maior parte (50,18%) dos produtos teve o menor percentual, entre eles, medicamentos de alta tecnologia e de maior custo, como a Ritalina, usada no tratamento de déficit de atenção e hiperatividade, e o Rivotril.
 
Já os medicamentos da categoria 2 (25,37%), com aumento de até 6,35%, incluem remédios muito usados no dia a dia, como Neosaldina, Aspirina, Tylenol, anticoncepcionais e lidocaína amoxicilina, um antibiótico para infecções urinárias e respiratórias. Por fim, a categoria 3 (24,45% do total dos remédios), com o maior nível de ajuste (7,7%), engloba medicamentos como o Omeprazol, usado no tratamento de gastrites e úlceras, e Viagra, para disfunção erétil, além de Dorflex, Buscopam e até mesmo Hipoglós.
 
Clique aqui para ver a lista de medicamentos que sofrerão reajuste
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Medicamento genérico tem a mesma eficácia e custo menor
 
Diante de mais um novo aumento de preço autorizado pelo governo, desta vez para os medicamentos, o consumidor tem que recorrer a alternativas para que o custo de vida não pese tanto no bolso. A saída agora — principalmente para os idosos, que gastam boa parte da aposentadoria com a aquisição de remédios — é a substituição por genéricos.
 
Os medicamentos genéricos são produtos com o mesmo princípio ativo que os de marca. Este elemento é a substância responsável pelo efeito terapêutico no paciente, ou seja, é por causa dele que o remédio faz efeito, explica a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, Odnir Finotti explica que o preço do genérico é menor porque nele não estão embutidos gastos com propagandas, nem custos de pesquisa para o desenvolvimento do principio ativo.
 
Outra opção para economizar é usar o programa Farmácia Popular, que oferece nos estabelecimentos uma série de produtos com descontos de até 90%.
 
Fonte: O dia.